Johann Sebastian Bach
Nascido em uma família de longa
tradição musical, cedo mostrou possuir talento e logo se tornou um músico completo. Estudante incansável adquiriu um
vasto conhecimento da música europeia de sua época e das gerações anteriores.
Desempenhou vários cargos em cortes e igrejas alemãs, mas suas funções mais
destacadas foram a de Kantor da Igreja de São Tomás e Diretor
Musical da cidade de Leipzig, onde desenvolveu a parte final e mais importante
de sua carreira. Absorvendo inicialmente o grande repertório de música
contrapontística germânica como
base de seu estilo, recebeu mais tarde a influência italiana e francesa,
através das quais sua obra se enriqueceu e transformou, realizando uma síntese
original de uma multiplicidade de tendências. Praticou quase todos os gêneros
musicais conhecidos em seu tempo, com a notável exceção da ópera,
embora suas cantatas maduras revelem bastante influência
desta que foi uma das formas mais populares do período Barroco.
Sua habilidade ao órgão e ao cravo foi amplamente
reconhecida enquanto viveu e se tornou legendária, sendo considerado o maior virtuose de sua geração e um
especialista na construção de órgãos. Também tinha grandes qualidades como
maestro, cantor, professor e violinista, mas como compositor seu mérito só
recebeu aprovação limitada e nunca foi exatamente popular, ainda que vários
críticos que o conheceram o louvassem como grande. A maior parte de sua música
caiu no esquecimento após sua morte, mas sua recuperação iniciou no século XIX
e desde então seu prestígio não cessou de crescer. Na apreciação contemporânea
Bach é tido como o maior nome da música, e muitos o veem como o maior
compositor de todos os tempos, deixando muitas obras que constituem a
consumação de seu gênero. Entre suas peças mais conhecidas e importantes estão
os Concertos de Brandenburgo,
o Cravo Bem-Temperado,
as Sonatas e Partitas para violino
solo, a Missa em Si Menor, a Tocata e Fuga em Ré Menor,
a Paixão segundo São Mateus,
a Oferenda Musical, a Arte da Fuga e
várias de suas cantatas.
Heitor Villa-Lobos
Foi um maestro e compositor brasileiro.
Destaca-se por ter sido o principal responsável pela
descoberta de uma linguagem peculiarmente brasileira em música, sendo
considerado o maior expoente da música do modernismo no Brasil,
compondo obras que contém nuances das culturas regionais brasileiras, com os
elementos das canções populares e indígenas. Filho de Noêmia Monteiro
Villa-Lobos e Raul Villa-Lobos foi desde cedo incentivado aos estudos, pois sua
mãe queria vê-lo médico. No entanto, Raul Villa-Lobos, pai do compositor,
funcionário da Biblioteca Nacional e músico amador, deu-lhe instrução musical e
adaptou uma viola para que o pequeno Heitor iniciasse
seus estudos de violoncelo. Aos
12 anos, órfão de pai, Villa-Lobos
passou a tocar violoncelo em
teatros, cafés e bailes; paralelamente, interessou-se pela intensa musicalidade
dos "chorões", representantes da melhor música popular do Rio de Janeiro, e, neste contexto, desenvolveu-se também no violão.
De temperamento inquieto, empreendeu desde cedo escapadas pelo interior do Brasil,
primeiras etapas de um processo de absorção de todo o universo musical brasileiro. Em 1913 Villa-Lobos casou-se com a pianista Lucília Guimarães,
indo viver no Rio de Janeiro.
Em 1922 Villa-Lobos participa da Semana da Arte Moderna,
no Teatro Municipal de São Paulo.
No ano seguinte embarca para Europa, regressando ao Brasil em 1924. Viaja
novamente para a Europa em 1927, financiado pelo milionário carioca Carlos Guinle. Desta segunda viagem retorna em 1930,
quando realiza turnê por sessenta e seis cidades. Realiza também nesse ano a
"Cruzada do Canto Orfeônico" no Rio de Janeiro .Seu casamento com Lucília termina na
década de 1930.
Depois de operar-se de câncer em 1948, casa-se com Arminda Neves d'Almeida a Mindinha, uma ex-aluna que depois de sua morte se encarrega
da divulgação de uma obra monumental. O
impacto internacional dessa obra fez-se sentir especialmente na França e EUA,
como se verifica pelo editorial que o The New York Times dedicou-lhe no dia seguinte a sua
morte. Villa-Lobos nunca teve filhos.
Faleceu em 17 de novembro de 1959.
Encontra-se sepultado no Cemitério São
João Batista no Rio de Janeiro.
Em 1960, o governo do Brasil criou o Museu Villa-Lobos na
cidade do Rio de Janeiro.
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