HISTÓRIA DA MÚSICA – IV
INTRODUÇÃO
O medo
dos fenômenos naturais, a necessidade de defesa, a ânsia de comunicação,
provavelmente levaram os primeiros homens a movimentar-se e emitir sons em
forma ritmada, quem sabe, em resposta a sentimentos de revolta ou sujeição, alegria
da vida ou terror da morte, vitórias ou derrotas?
A Música
nasceu com a natureza, ao considerarmos que seus elementos formais, o som e o
ritmo, fazem parte do universo e, particularmente da estrutura humana. O homem
pré-histórico descobriu os sons que o cercavam no ambiente e aprendeu a
distinguir os timbres característicos da canção das ondas se quebrando na
praia, da tempestade se aproximando e das vozes dos vários animais selvagens e
encantou-se com seu próprio instrumento musical - a voz.
Sempre
foi praticada aliada a alguma cerimônia religiosa ou mágica, servindo-se dos
instrumentos, dos gritos, dos gestos e dos cantos para a comunicação tribal, a
guerra ou para evocar o auxílio das divindades ou afastar os espíritos
nefastos.
Desempenhou,
portanto, um papel importante em todas as sociedades existindo numa grande
quantidade de estilos, característicos das diferentes regiões geográficas ou
das épocas históricas.
Procuramos
aqui mostrar um pouco de como aconteceu essa influência da Música nos povos
através dos tempos, dentro dos seguintes períodos:
A Música na Antiguidade
Egípcios
A povo
egípcio representa a civilização mais antiga de que se tem conhecimento. A
Música e os músicos gozavam de grande prestígio dentro da comunidade.
Tanto na
música religiosa, quanto na de guerra e mesmo na recreativa, os egípcios davam
preferência às expressões elevadas e serenas, dando-lhes destaque no culto aos
deuses, nos banquetes e cerimônias. A Música era praticada em coletividade,
inclusive com a participação feminina.
Tecnicamente,
faziam escalas de sete notas e usavam principalmente instrumentos de corda,
como a harpa e o alaúde. Usavam também flautas feitas de osso e com o passar do
tempo, vieram a fabricá-las também em metal. Como instrumentos de percussão,
usavam o os tambores de guerra, címbalos feitos de bronze.
Instrumentos usados pelos egípcios
Assírios,
Babilônios e Caldeus
Por falta
de documentação escrita, pouco se sabe sobre a arte musical destes povos.
Contudo, vários dos munumentos encontrados, nos mostram a arte sempre ligada à
magia. Entre os Assírios e os Babilônios, a Música desempenhava importante
papel nas batalhas, animando as tropas e também alegrando os banquetes e
festas, em tempos de paz.
Vários
eram os instrumentos usados por esses povos, já divididos entre instrumentos de
sopro, corda e percussão, entre eles: flautas, tímpanos, gongo e lira.
Árabes
Para os
árabes, a Música é indispensável em todas as cerimônias religiosas. O Alcorão,
livro sagrado dos árabes, tem seus versículos cantados, sendo esta uma tradição
mantida até os nossos dias. Este é um dos motivos que este é um dos povos que
mais cultivaram e propagaram a arte musical. Inicialmente, o canto e a execução
dos instrumentos eram confiados aos escravos e às mulheres.
Seu
sistema musical era composto de 17 notas e os primeiros modelos de ritmo foram
os passos do camelo e o galope dos cavalos. Um dos mais velhos instrumentos
árabes era a rebeca da poeta e continha apenas uma corda. Servia para
acompanhar as declamações dos poetas da tribo. Usavam ainda a harpa e o alaúde.
Como percussão tinham o adufe, espécie de tambor coberto com pele. O principal
instrumento de sopro era a flauta
Hebreus
Muito do
que se sabe a respeito do povo hebreu, foi transmitido através da Bíblia, onde
encontramos várias referências à Música. Os salmos eram os principais cantos
sacros, atribuídos a David, musicista e chefe do exército. Quando assumiu o
trono, propagou muito a Música entre o povo, principalmente através de grandes
reuniões em praça pública, onde convocava os melhores instrumentistas.
Seus
instrumentos tiveram origem nas civilizações árabe e egípcia. Um instrumento
muito usado nos cultos religiosos era o cshofar, um chifre em forma de espiral.
Usavam
também trompas, flautas, pandeiros e pratos de metal. Sua música era muito rica
em instrumentos.
Instrumentos dos antigos hebreus, ainda usados nas sinagogas
Indianos
Muitas
civilizações da antiguidade estão extintas, com exceção aos Indianos e
Chineses. Os indianos conservam sua tradições através dos tempos, permitindo um
grande entendimento de sua visão da arte musical. Consideram a Música como
parte formadora do Universo e dos sistema religioso, cultivando-a desde os
primórdios de sua história, atingindo considerável estágio musical.
Usam até
hoje uma escala de sete notas com os nomes das sete ninfas que acompanham a
deusa Svaragrama, designadas em caracteres sânscrito. O principal instrumento
indiano, a vina, teria sido dada diretamente pelo deus Brama. É um instrumento
de corda. Usam ainda o magoude, semelhante ao alaúde, o ravanastrom, que seria
a origem do violino, além de címbalos e tambores.
Chineses
As
primeiras noções de arte musical na China remontam a cerca de 4000 a.C., quando
acreditavam que a Música tinha origem na natureza. Um do primeiros teóricos
musicais era o chinês Ling-Lum, estabelecendo o sistema de cinco tons conhecido
como escala pentatônica. Mais tarde passou a ter sete notas.
A Música
era uma instituição oficial, pois somente imperadores e príncipes podiam criar
músicas. O objetivo era orientar o povo e purificar-lhe o pensamento. Seus
instrumentos principais eram o king, de percussão, e o kin, de cordas.
Grécia
A palavra
música vem do grego: mousikê,
que significa arte das musas e englobava a poesia, a dança, o canto, a
declamação e a matemática. Apurou-se que sua música era essencialmente cantada,
cabendo aos instrumentos a função de acompanhar. A finalidade continuava
religiosa. O sistema musical apoiava-se numa escala elementar de quatro sons -
o tetracorde. Da união de dois tetracordes formaram-se escalas - chamadas de
modos - de oito notas, cuja riqueza sonora permitia traçar linhas melódicas e
tornaram o sistema musical grego conhecido como modal. A múscia grega, também
monódica, com os instrumentos acompanhando em uníssono deu origem a melodias de
fácil assimilação - os nomoi, que eram acompanhados de cítara e aulo.
Conjunto grego tocando harpa, cítara e lira
Os gregos
criaram, ainda, um sistema de notação musical sumário e deixaram muitas de suas
letras, que, juntamente com os escritos teóricos, permitem reconstituir um
conjunto de músicas que dá uma idéia geral do repertório, que deve ter sido
muito rico.
A notação
musical era alfabética, mas insuficiente: usavam letras em diversas posições para representar
os sons.
Os gregos
relacionavam intimamente música, psicologia, moral e educação.
No âmbito
da ética musical, dentre as posturas mais interessantes, destacam-se: - a de Pratinas, rígida e
conservadora, extremamente reacionária, condenava o instrumentalismo; - a de
Pídaro, mais positiva, expressa uma sincera crença no poder da influência
musical no decorrer do processo educativo; - a de Platão, representante máximo
da filosofia musical grega, apoiava-se na afirmação da essência psicológica da
música. Segundo ele, a música poderia exercer sobre o homem poder maléfico ou
benéfico, por imitar a harmonia das esferas celestes, da alma e das ações. Daí,
a necessidade de se colocar a música sob a administração e a vigilância do
Estado, sempre a serviço da edificação espiritual humana, voltada para o bem da
polis, almejada como cidade justa; - e, finalmente, a de Aristóteles, onde se
destaca o papel da poesia, da música e do teatro na purgação das paixões. No
período helenístico, a música grega desviara-se para a busca e o culto da
virtuosidade, o que representou uma decadência do espírito nacional que a
orientara na época áurea. Eram interessantes os diversos instrumentos de sopro
utilizados nos exércitos, com variadas finalidades.
Avisos Importantes
a) Prezado aluno, defina o seu livro de leitura para este semestre com o professor Eliézer. Ler é fundamental para seu desenvolvimento intelectual.
b) As aulas de música na EADN estão se desenvolvendo todos os dias. Nosso horário de funcionamento é o seguinte: de segunda a domingo das 07.30 hs as 11.45 hs e das 14.00 hs as 21.30 hs. Não temos aulas na sexta feira após as 11.45 hs e durante todo o sábado. Reabrimos no domingo as 14.00 hs para as aulas de inglês, alemão e música.
c) A Orquestra da EADN estará em excursão na Bolivia nos dias 29, 30 e 31 de Março de 2013. Já estamos enviando aos pais as autorizações para conhecimento desta ação e consentimento possível dos pais. Estaremos fazendo concertos no centro convenções de Gauyaramerim e Riberalta, bem como, estaremos tocando nas igrejas Adventistas locais.
d) A Avaliação de História da Música será dia 03/03/2013 as 14.00 hrs. na sala de ensaio da Orquestra. Nãos perca esta avalição, a mesma é somativa para a sua nota semestral.
e) Esteja atento para as inscrições do curso de Marxismo Leninismo que começará no mês de abril.
f) Não falte as aulas e os ensaios, fundamental para o seu crescimento e formação em música.
g) Este final de semana estaremos recebendo a representante de comunicação da União Noroeste da Igreja Adventista do 7º dia para a produção de entrevistas e documentários sobre a EADN. Que posteriormente será veiculado na TV NovoTempo.
h) Queremos fazer um agradecimento muito especial ao Pastor Carlos Pacheco (Departamental de Educação - AAMO) e a Professora Luciene (Diretora do CAPV) pelas bolsas concedidas as nossas alunas Sâmia e Samira. Estamos orgulhosos de tê-las estudando nesta Instituição de Ensino. Muito obrigado por tudo, esperamos que as mesmas possam retribuir este gesto com muito estudo e sendo úteis com a música.
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