História
da Música - III
A
história mitológica da música, no mundo ocidental, começou com a morte dos
Titãs.
Conta-se
que depois da vitória dos deuses do Olimpo sobre os seis filhos de Urano
(Oceano, Ceos, Crio, Hiperião, Jápeto e Crono), mais conhecidos como os Titãs,
foi solicitado a Zeus que se criasse divindades capazes de cantar as vitórias
dos Olímpicos. Zeus então partilhou o leito com Mnemosina, a deusa da memória,
durante nove noites consecutivas e, no devido tempo, nasceram as nove Musas.
Entre
as nove Musas estavam Euterpe (a música) e Aede, ou Arche (o canto). As nove
deusas gostavam de freqüentar o monte Parnaso, na Fócida, onde faziam parte do
cortejo de Apolo, deus da Música.
Há
também, na mitologia, outros deuses ligados à história da música como Museo,
filho de Eumolpo, que era tão grande musicista que quando tocava chegava a
curar doenças; de Orfeu, filho da musa Calíope (musa da poesia lírica e
considerada a mais alta dignidade das nove musas), que era cantor, músico e
poeta; de Anfião, filho de Zeus, que após ganhar uma lira de Hermes, o mais
ocupado de todos os deuses, passou a dedicar-se inteiramente à música.
Se
estudarmos com cuidado a mitologia dos povos, perceberemos que todo o povo tem
um deus ou algum tipo de representação mitológica ligado à música. Para os
egípcios, por exemplo, a música teria sido inventada por Tot ou por Osíris;
para os hindus, por Brama; para os judeus, por Jubal e assim por diante, o que
prova que a música é algo intrínseco à historia do ser humano sobre a Terra e
uma de suas manifestações mais antigas e importantes.
História Não-Mitológica
A
origem mecânica e não-mitológica da música divide-se em duas partes: a
primeira, na expressão de sentimentos através da voz humana; a segunda, no
fenômeno natural de soar em conjunto de duas ou mais vozes; a primeira, seria a
raiz da música vocal; a segunda, a raiz da música instrumental.
Na
história não-mitológica da música são importantes os nomes de Pitágoras,
inventor do monocórdio para determinar matematicamente as relações dos sons, e
o de Lassus, o mestre de Píndaro, que, perto do ano 540 antes de Cristo, foi o
primeiro pensador a escrever sobre a teoria da música.
Outro
nome é o do chinês Lin-Len, que escreveu também um dos primeiros documentos a
respeito de música, em 234 antes de Cristo, época do imperador chinês Haung-Ti.
No tempo desse soberano, Lin-Len -que era um de seus ministros- estabeleceu a
oitava em doze semitons, aos quais chamou de doze lius. Esses doze lius foram
divididos em liu Yang e liu Yin, que correspondiam, entre outras coisas, aos
doze meses do ano.
Origem Física e Elementos
A
música, segundo a teoria musical, é formada de três elementos principais. São
eles o ritmo, a harmonia e a melodia. Entre esses três elementos podemos
afirmar que o ritmo é a base e o fundamento de toda expressão musical.
Sem
ritmo não há música. Acredita-se que os movimentos rítmicos do corpo humano
tenham originado a musica. O ritmo é de tal maneira mais importante que é o
único elemento que pode existir independente dos outros dois: a harmonia e a
melodia.
A
harmonia, segundo elemento mais importante, é responsável pelo desenvolvimento
da arte musical. Foi da harmonia de vozes humanas que surgiu a música
instrumental.
A
melodia, por sua vez, é a primeira e imediata expressão de capacidades
musicais, pois se desenvolve a partir da língua, da acentuação das palavras, e
forma uma sucessão de notas característica que, por vezes, resulta num padrão
rítmico e harmônico reconhecível.
O
que resulta da junção da melodia, harmonia e ritmo são as consonâncias e as
dissonâncias.
Acontece,
porém, que as definições de dissonâncias e consonâncias variam de cultura para
cultura. Na Idade Média, por exemplo, eram considerados dissonantes certos
acordes que parecem perfeitamente consonantes aos ouvidos atuais,
principalmente aos ouvidos roqueiros (trash metal e afins) de hoje.
Essas
diferenças são ainda maiores quando se compara a música ocidental com a indiana
ou a chinesa, podendo se chegar até à incompreensão mútua.
Para
melhor entender essas diferenças entre consonância e dissonância é sempre bom
recorrer ao latim:
Consonância,
em latim consonantia, significa acordo, concordância, ou seja,
consonante é todo o som que nos parece agradável, que concorda com nosso gosto
musical e com os outros sons que o seguem.
Dissonância,
em latim dissonantia, significa desarmonia, discordância, ou seja, é
todo som que nos parece desagradável, ou, no sentido mais de teoria musical,
todo intervalo que não satisfaz a idéia de repouso e pede resolução em uma
consonância.
Trocando
em miúdos, a dissonância seria todo som que parece exigir um outro som logo em
seguida.
Já
a incompreensão se dá porque as concordâncias e discordâncias mudam de cultura
para cultura, pois quando nós, ocidentais, ouvimos uma música oriental típica,
chegamos, às vezes, a ter impressão de que ela está em total desacordo com o
que os nossos ouvidos ocidentais estão acostumados.
Portanto
o que se pode dizer é que os povos, na realidade, têm consonâncias e
dissonâncias próprias, pois elas representam as suas subjetividades, as suas
idiossincrasias, o gosto e o costume de cada povo e de cada cultura.
A
música seria, nesse caso, a capacidade que consiste em saber expressar
sentimentos através de sons artisticamente combinados ou a ciência que pertence
aos domínios da acústica, modificando-se esteticamente de cultura para cultura
Renato Rosch
Renato Rosch
AVISOS IMPORTANTES
- As aulas de Alemão e Inglês estão ocorrendo aos domingos 15.00 hs e 16.00 hs respectivamente. As aulas de Espanhol, estão ocorenndo as 19.00 hs de terça feira.
- Evite as faltas em aulas e ensaio. Agende suas aulas com o professor do seu instrumento e cumpra os seus horários.
- Independente dos horários de aula você poderá vir a EADN para estudar individualmente ou coletivamente. Combine com seus companheiros do nipe de seu intrumento, isso o ajudara melhor a se desenvolver musicalmente.
- Não se esqueça que é importante, muito importante a leitura de livros, esse ano queremos incentivar os alunos da EADN a lerem pelo menos dois livros no mínimo. Leitura é fundamental, não podemos esquecer José Martí que dizia: "Para ser livre é preciso ser Culto".
- Não se esqueça de estudar muito durante todo este ano letivo na escola regular. Procure tirar as melhores notas neste 1º, 2º e 3º bimestre, o 4º é apenas para complementar aquilo que esta faltando, e é lógico que você não vai relaxar, vai sempre procurar fazer o melhor.
- Queremos prestar uma homenagem toda especial a nossa companheira Tamires Gomes, que está partindo para o internato Adventista em ouro preto IAAMO. Fara ali o 3º ano do ensino médio, sentiremos muito a sua falta, mas estamos felizes por suas vitorias e pela busca maior que é o UNASP. Como Escola de Artes, te desejamos todo êxito nessa nova caminhada e "Até a vitória sempre" .
- Curso de Marxismo/Leninismo na EADN no mês de Abril. Inscrições estarão abertas apartir do dia 04/03/2013. Faça a sua inscrição com a Claudinha ou a Mahana no Escritorio da Escola de Artes Daniel Neri.
- A Orquestra da EADN estará se apresentando no pais irmão Bolivia, nas cidades de Guayra Merim e Riberalta nos dias 29, 30 e 31 de Março de 2013. Será um momento muito especial para todos nós. Estaremos preparando um repertório todo especial para esse evento.
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